A paixão pela capoeira e pela poesia motivou o ilustrador Eddy Azuos, morador de Paripe, no Subúrbio de Salvador, a dar vida ao projeto “A Lenda do Badauê”. Resgatando a riqueza cultural da literatura de cordel, o artista suburbano cria uma história ficcional onde o mestre Môa do Katendê – assassinado em 2018 – ressurge como um super capoeirista.

“Uma onda de ódio toma conta de Salvador de uma forma inesperada. As autoridades, junto com o poder popular, não sabiam o que fazer para conter os avanços de violência numa cidade tão alegre. Uma lenda local dizia que seria possível reviver um Super Capoeirista para salvar a população em caso de extrema necessidade”, antecipa o ilustrador no texto de apresentação do cordel.

A narrativa cheia de magia, ação e aventura produzida por Eddy pode ganhar formato físico. Isso porque, o jovem iniciou uma vaquinha online para imprimir os primeiros 100 folhetos, com 24 páginas coloridas cada.

Segundo Eddy Azuos, o objetivo da obra é alcançar o público infanto-juvenil, por meio de escolas públicas, ONGs e outros projetos sociais. “Eu acredito que precisamos nos ver, ainda jovens, nas TV’s, nos games, na literatura… E essa é a minha singela contribuição”, justifica.